Donald Trump, agora eleito presidente, reafirmou sua promessa de eliminar os programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) no governo federal e demitir burocratas que possam obstruir sua agenda. Após uma vitória eleitoral significativa, ele terá a oportunidade de implementar suas ideias.
A administração Biden havia ampliado a agenda DEI por meio de ordens executivas que envolveram praticamente todas as agências governamentais, incluindo aquelas dedicadas à defesa, inteligência e política externa. Com Trump no comando, espera-se que ele assine uma ordem executiva para desativar escritórios de DEI em todas as agências executivas.
Estima-se que cerca de 500 ações relacionadas à promoção da DEI foram implementadas durante o governo Biden. Algumas delas incluíram a formação de grupos de afinidade e redes internas de ativismo político dentro das agências. Esses grupos, apoiados pelo Office of Personnel Management, eram descritos como ferramentas estratégicas para impulsionar a agenda DEI.
Agora, Trump planeja utilizar esses mesmos grupos como uma forma de identificar e afastar funcionários que promovem ideias contrárias às suas diretrizes. A intenção é que a reestruturação vá além de encerrar formalmente os escritórios de DEI, combatendo também a resistência que ele enfrentou durante seu mandato anterior.
Ex-funcionários de Trump, como Ben Carson e James Sherk, relataram que muitos burocratas tentaram barrar a agenda do ex-presidente por meio de práticas como lentidão nas entregas, omissão de informações e até mesmo insubordinação aberta. Sherk destacou que certos agentes ignoraram instruções diretas e priorizaram suas próprias interpretações.
Para contornar essa resistência, Trump já anunciou que reeditará sua ordem executiva de 2020, que busca remover proteções trabalhistas de funcionários federais que ocupam cargos administrativos, permitindo sua demissão direta. Essa medida afetaria milhares de burocratas, mas ainda precisará ser complementada por esforços no Congresso para cortar o financiamento de agências que não seguem sua agenda.
O impacto dessa reestruturação já está sendo sentido no funcionalismo público. Segundo relatos, há um clima de apreensão entre os servidores federais, que discutem as possibilidades de enfrentar um segundo mandato de Trump.
O desafio do ex-presidente será não apenas reverter a influência do DEI, mas também consolidar sua autoridade sobre uma burocracia historicamente resistente às mudanças que ele busca implementar.